Na manhã do dia 27 de junho de 2025, a Diretoria do Sindguardas-SP esteve reunida com o novo Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana, no ato representado pelo Senhor Inspetor Superintendente Chabaribery (Comandante Geral) e pelo Senhor Inspetor Superintendente Cesar (Subcomandante Geral).

As pautas tratadas foram:

INSTITUIÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

A Diretoria do Sindguardas-SP externou profunda preocupação com o fenômeno social de suicídio que tem ocorrido na Guarda Civil Metropolitana, apontando que, nos últimos 4 anos, ocorreram 14 casos de suicídio, sendo que, em pelo menos 4 casos, ocorreram também o homicídio antes do suicídio.

A Diretoria do Sindguardas-SP pleiteia pela instituição de uma política pública séria de combate ao suicídio e entende que tal política deva partir do Comando Geral da GCM, o qual pode demandar a Administração Pública para que seja instituída essa política pública.

O Senhor Comandante Chabaribery informou que o Comando Geral também está muito preocupado com a questão e já iniciou tratativas para essa política pública, minutando junto com a SMSU uma Portaria que, dentre outras coisas, deve regulamentar o serviço de Capelania na Guarda Civil Metropolitana e possibilitar a contratação, por meio de parcerias público-privadas, instituições de apoio psicossocial e faculdades especializadas no tema.

Além disso, o Comando Geral fez parceria com uma instituição de apoio, que deve formar centenas de multiplicadores na GCM, os quais estarão aptos a dar suporte aos policiais em casos de crises emocionais, direcionando ao atendimento especializado.

PROBLEMAS DE CUMPRIMENTO DE ATIVIDADE FÍSICA NAS UNIDADES

A Diretoria do Sindguardas-SP denunciou ao Comando Geral diversas unidades que insistem na ilicitude de suspender a atividade física dos policiais GCM ou de dificultar a sua realização.

O Comando Geral anotou a denúncia e tomará providências junto aos Comandos Operacionais para que o programa de Atividade Física não seja interrompido.

PERSEGUIÇÃO AOS READAPTADOS PELA DIVISÃO DE ORIENTAÇÃO SOCIAL

A Diretoria do Sindguardas-SP está muito preocupada com a política de perseguição aos Readaptados que está sendo adotada pela Divisão de Orientação Social - DOS, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

Desde que a atual Diretora assumiu essa Divisão, os readaptados estão sendo humilhados, perseguidos e não têm qualquer tipo de acolhimento na DOS. O tratamento é cruel, superficial, distante e não busca de forma alguma auxiliar o servidor que tem alguma necessidade especial ou diferenciada em razão de sua readaptação, mas, pelo contrário, o que pode ser feito para dificultar a vida desse servidor, a DOS faz!

Exemplo disso é a recorrente análise superficial dos laudos de readaptação e indeferimento da realização da DEAC sem fundamento algum. A DOS analisa laudos de readaptação de servidores readptados que trabalham na sentinela da unidade há mais de 5 anos e simplesmente diz que o laudo é incompatível, sem se dar ao mínimo de trabalho de justificar qual seria a incompatibilidade.

Nada obstante, a DOS opina pelo indeferimento de porte de arma para servidora readaptada física que não tem nenhuma restrição psicológica ou motora para o porte de arma, sob a alegação de que "na atividade que a servidora vai exercer, ela não precisa de arma", como se a servidora não fosse mais policial, não fosse obrigada a portar identidade funcional e trabalhar uniformizada.

A impressão que dá é que a DOS interpreta a readaptação como uma forma de se esquivar do serviço e deseja forçar o readaptado a trabalhar na condição de pronto para o serviço, como se isso fosse algo possível.

A Diretoria do Sindguardas-SP alertou ao Comando Geral e pediu para que o Comando tome medidas no sentido de não permitir que nenhuma unidade escale servidor readaptado que teve a DEAC indeferida pela DOS na sentinela, uma vez que, se o servidor não pode trabalhar 8 horas na sentinela, menos ainda poderá trabalhar 12 horas.

O Comando Geral informou que também está preocupado com os indeferimentos e está ciente que tamanho volume de indeferimentos afetará diretamente o funcionamento das Unidades GCM, uma vez que a unidade não poderá contar com o servidor readaptado na sentinela.

Sobre o horário de diarista aplicado aos servidores que têm alguma restrição, o Comando Geral informou que a medida já apresentou os resultados que se pretendia e será revista nos próximos dias, possibilitando às Unidades GCM escalarem os servidores com algum tipo de restrição em funções que atendam as necessidades das unidades.

MUDANÇAS TECONLÓGICAS E OPERACIONAIS NOS SISTEMAS MOBILE E SENTINELX

A Diretoria do Sindguardas-SP questionou ao Comando Geral acerca das mudanças na operacionalidade do aplicativo SentinelX e no sistema Mobile, alertando que ocorreram casos de desatualização do sistema, onde constava como caráter geral um veículo que já estava regularizado, bem como constou como veículo sem novidades um veículo produto de ilícito.

O Comando Geral informou que restringiu o uso do APP SentinelX aos aparelhos institucionais por dois motivos principais: o primeiro é a proteção de dados, já que, se houver algum vazamento de dados por problema técnico no aparelho celular institucional, a responsabilidade não recairá sobre o agente que utiliza, mas não dá para assegurar essa mesma conduta caso ocorra alguma falha no aparelho celular particular; e o segundo motivo é o uso da geolocalização, sendo que, quando operado o app SentinelX no aparelho celular particular, muitos servidores desativavam a geolocalização e isso dificultava a operacionalização e distribuição de ocorrências, já que muitos operadores não apareciam no mapa de disponibilidade.

Sobre a desatualização do sistema, o Comando Geral reconhece que ocorrem casos, mas que todas as plataformas públicas de dados passam pelo mesmo problema, inclusive a plataforma Muralha, utilizada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. A ideia é que a parceria entre os Entes Públicos de Segurança Pública permitam a troca de informações em tempo real, solucionando esse problema.

PROBLEMAS NA DEAC

A Diretoria do Sindguardas-SP questionou ao Comando Geral sobre mudanças no sistema DEAC, com vistas a melhorar o acesso, principalmente nos primeiros dias de agendamento das vagas e a possibilidade de reduzir o prazo para o pedido de desistência da voluntariedade, possibilitando a outro servidor aproveitar a vaga do colega que desistiu. Uma outra demanda é que o sistema possibilite ao servidor agendar um outro dia, quando a Unidade GCM pedir a inconsistência da vaga.

O Comando Geral informou que está estudando várias sugestões e hipóteses para melhoria do sistema DEAC e pretende colocar algumas medidas em vigor nos próximos meses, mas que enfrenta uma dificuldade, que é o desenvolvimento do sistema. 

Todas mudanças que demandam desenvolvimento ou alteração do sistema computacional prescinde de estudo técnico e tempo para operacionalização, de forma que estas mudanças não ocorrem tão rapidamente quanto se espera.

Mas o Comando Geral está em busca de melhorias e anotou as sugestões encaminhadas pelo Sindguardas-SP.

CONVOCAÇÃO DOS REMANESCENTES APROVADOS NO CONCURSO GCM 2022

A Diretoria do Sindguardas-SP questionou ao Comando Geral acerca da convocação dos candidatos remanescentes aprovados no Concurso GCM 2022 e sobre a abertura de um novo concurso.

O Comando Geral respondeu que a SMSU está tramitando a proposta de abertura de um novo concurso, mas que o próprio Comando Geral alertou ao Senhor Secretário Morando que é mais viável convocar os candidatos remanescentes do Concurso de 2022 antes da abertura de um novo edital, evitando assim disputas judiciais que podem interferir no andamento do novo concurso.

Sobre essa preocupação por parte do Comando Geral, o Senhor Secretário Morando se comprometeu a demandar a Secretaria de Gestão e demais autoridades municipais, para analisar a questão.

A Diretoria do Sindguardas-SP defende a convocação dos 100 candidatos remanescentes e pleiteia ao Governo Municipal a abertura de um novo concurso ainda no ano de 2025.


 

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